Onde fui para te perder?
Porque destruo tudo e todos?
Porque matei quem me amava
E fiz nascer outro alguém
Frio e distante..
Onde está aquele que eu Amei tanto?
E porque é que me transformei..
Transfornei naquele pequeno e doce amor
Que no frio dizia:
Sentia-me terrivelmente só.
Tão só que doía.
Uma dor grande, que me dilacerava o coração.
Dor tal que me fazia chorar.
E chorava, nunca na vida me tinha sentido tão só...
A minha vida estava a perder todo o sentido. (...)
Estava a afundar-me.
Afundar-me... Não, pior que isso.
Estava a cair num abismo de solidão.
A cair assustadoramente depressa...
E foi nesta situação que desesperei.
Não encontrava nada ao que me agarrar, e continuava a cair.
Cada vez mais depressa.
Apesar de não ver o fundo, sabia que em breve me esmagaria contra ele.
E gritei...
E eu ouvi.
Ouvi esta doce e frágil alma.
Esta alma que desapareceu..
Que morreu.. ou que eu matei com o Punhal do Tempo,
Ou foi com o da Rotina?
Não sei..
Sei que estou perdida.
E que todos os gritos parecem mudos
De nunca serem ouvidos por ti...